Com a proposta de preparar os assistidos da Apae Abaetetuba para o mercado de trabalho, o Projeto Flor de Lótus – Óleo Sustentável e Inclusão, idealizado em 2022 pela professora Gina Cardoso, mostra que é possível empreender pela ciência e recebe mais um prêmio de reconhecimento, desta vez como Destaque Nacional na Olimpíada Territórios do Brasil (OTB). A premiação ocorreu no último dia 10, na 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Federal do Pará (UFPA).
Ivan de Oliveira, coordenador da OTB ao lado dos assistidos da Apae
O projeto produz sabão ecológico a partir de óleo reciclado coletado de restaurantes e residências, que também é aromatizado com ervas e sementes, tornando-o fitoterápico, podendo ser um novo produto para a indústria cosmética. “O projeto da Apae Abaetetuba se destacou na Olimpíada por ser uma solução voltada para a bioeconomia”, disse Ivan de Oliveira, coordenador da OTB.
O coordenador também elogiou a condução do projeto com a comunidade, através do empoderamento e inclusão dos estudantes da Apae na geração de renda para além do processo educativo. O Instituto Federal da Bahia, responsável pela Olimpíada Territórios do Brasil, tem como meta garantir a inclusão para o pleno desenvolvimento e acessibilidade dos estudantes com deficiência, necessidades específicas de aprendizado e pessoas neurodivergentes.
Na ocasião, os assistidos da Apae receberam medalhas e bolsas de incentivo concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. “Todo trabalho feito com amor e dedicação acontece. Esta bolsa representa o sentido que a ciência deve continuar. Que haja mais avanços na tecnologia e na inovação”, disse José Duarte, assistido da Apae, feliz com o projeto que já fez diferença na vida de cada um dos envolvidos.
Professora Gina Manuelle e os assistidos da Apae, dois ganharam bolsa de incentivo
Para a idealizadora, o sentimento é de muita alegria e reconhecimento pelo trabalho. “Saber que tudo que sonhamos não foi em vão e que nossas perspectivas estão se tornando realidades aos poucos é muito gratificante”, contou a professora Gina Manuelle. “Agradeço a Deus, o apoio da Apae e viver este prêmio como Destaque Nacional para uma instituição que trabalha com pessoas com deficiência e pode dizer que ciência e inclusão andam de mãos dadas”, concluiu.