Nesta quinta-feira, 7, a Federação das Apaes do Estado do Pará (Feapaes-PA), representada pela coordenadora estadual de Arte e Cultura, Gemille Sales, participou do lançamento do XII Festival Nacional Nossa Arte, promovido pela Federação Nacional das Apaes (Fenapaes). O evento foi realizado no Salão Nobre do Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, e contou com a presença de lideranças do movimento apaeano, atendidos, familiares, colaboradores e autoridades.
Jarbas Feldner de Barros, presidente da Fenapaes, ressaltou a importância do Festival para as pessoas com deficiência, destacando seu papel no movimento apaeano. “Tanto o esporte quanto a arte são essenciais para o processo de habilitação, reabilitação, desenvolvimento social, demonstração de habilidades e capacidades”, afirmou o presidente.
“A pessoa com deficiência, muito antes da caridade, precisa de oportunidade, espaço e respeito naquilo que é e no seu tempo. Uma vez respeitada, ela consegue produzir. Este é o momento de levarmos à sociedade brasileira uma mudança de olhar”, concluiu.
Em razão dos 70 anos de fundação da Apae do Rio de Janeiro, a primeira Apae do Brasil, o maior evento artístico e cultural voltado às pessoas com deficiência e suas famílias será realizado na Cidade Maravilhosa, berço do movimento apaeano, entre os dias 9 e 12 de dezembro, no Expo Mag.
“Nós não estamos aqui por acaso. Está aberto o XII Festival Nossa Arte. A arte é uma ferramenta poderosíssima de inclusão. Precisamos estar juntos para celebrar este momento tão especial, não só pelos 70 anos da Apae Rio, mas também pelo Festival, que tenho certeza ficará para a história”, afirmou Marcos Soares, presidente da Apae Rio de Janeiro.
Nesta edição, o festival, que conta com a parceria da Federação das Apaes do Estado do Rio de Janeiro e da Apae do Rio de Janeiro, terá a participação de mais de 2 mil pessoas de 22 estados e do Distrito Federal, entre artistas, acompanhantes e profissionais de todas as regiões do Brasil.
Os coordenadores estaduais de Arte e Cultura participaram de um Congresso Técnico no dia 6 para definir a dinâmica das apresentações. “O presidente Jarbas nos pediu para conhecer o trabalho dos outros estados e aproveitar para replicar o que está dando certo. Este é o nosso primeiro encontro”, comentou Gemille Sales, referindo-se aos projetos, parcerias e patrocinadores. Também foi proposto que os eventos se multipliquem ao longo do ano.
Delegação paraense
Com 42 artistas, a delegação paraense se apresentará nas seis categorias artísticas: artes visuais, artes literárias, música, teatro, dança contemporânea e dança popular.
A Apae de Santarém apresentará a dança popular “Festribal: Unidos pela Mãe Terra”, que conta a história do Festival das Tribos Indígenas de Juruti, uma das maiores manifestações da Amazônia. Na categoria de dança contemporânea, a Apae de Itaituba levará “No Ritmo do Calypso”, homenageando o ritmo que ganhou repercussão nacional nos anos 2000 e enaltecendo o povo paraense.
Na categoria de artes visuais, a Apae de Marabá exibirá a obra “Coração Brasileiro”, enquanto a Apae de Belém apresentará “A Cauda da Iara” e a Apae de Ananindeua, “Vida”. Na arte literária, a representante paraense será a Apae de Conceição do Araguaia, com a declamação da poesia “Nação Autista”. Como novidade, este ano haverá o lançamento do livro das obras literárias, com noite de autógrafos.
Na categoria de música, a Apae de Bragança apresentará “Garota de Ipanema”, e no teatro, a Apae de Belém levará a peça “Olhando Belém”, que retrata o cotidiano do Ver-o-Peso, com seus vendedores de iguarias, atravessadores de açaí, turistas, vendedores de pendrives de música e as tradicionais brincadeiras entre os times Remo e Paysandu, além da história de amor da garça namoradeira e o malandro urubu.