É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento de Rodrigo Marinho de Noronha, o primeiro Autodefensor da Apae Brasil, ocorrido no último sábado (20), aos 53 anos de idade.
Sua dedicação e liderança foram fundamentais para promover a inclusão e os direitos das pessoas com deficiência intelectual, deixando um legado marcante em nossa comunidade.
Rodrigo foi uma inspiração para todos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos tenham oportunidades iguais de desenvolvimento e realização pessoal. Sua voz e seu exemplo continuarão a guiar nossos esforços na busca por um mundo onde a diversidade seja verdadeiramente valorizada.
Neste momento de dor e saudade, prestamos nossas sinceras condolências à família, amigos e a todos os que tiveram o privilégio de conhecer e trabalhar ao lado de Rodrigo. Que seu espírito de determinação e esperança permaneça conosco, inspirando-nos a seguir em frente com seu compromisso pela inclusão e pelo respeito à dignidade de todos os indivíduos.
Biografia
Nascido no Rio de Janeiro em 23 de junho de 1971, Rodrigo Marinho de Noronha enfrentou os desafios da síndrome de Down com uma determinação inspiradora. Mudou-se para Brasília nos anos 1970, onde desenvolveu inúmeras habilidades, incluindo a pintura em tela. Seu amor pelo Botafogo era notório, sendo um torcedor apaixonado do time.
Rodrigo tornou-se atendido da Apae do Distrito Federal em 1995, participando do programa de educação profissional. O seu carisma e a sua dedicação o levaram a ser o primeiro autodefensor nacional das Apaes, no período de 1999 a 2003.
Qualificado pela Apae-DF, conquistou o seu primeiro emprego como atendente do McDonald’s. Em 2003, tornou-se o primeiro profissional com síndrome de Down a trabalhar na Câmara dos Deputados, atuando como secretário parlamentar no gabinete do deputado Eduardo Barbosa. Após um período morando no Rio, retornou a Brasília e, em 2017, voltou a trabalhar na Câmara, integrando a equipe inclusiva da Apae-DF que prestava serviços administrativos à Mesa Diretora.
Na pandemia de Covid-19, foi diagnosticado com Alzheimer, passando a enfrentar os desafios da doença. Na última semana, foi internado com quadro de pneumonia, mas apesar dos esforços médicos, não resistiu, partindo um mês após completar 53 anos de idade.