Dr. Justino, apaeano de lutas, de fé e coração, faleceu.
Mais um grande líder nos deixou.
Esperamos que sua história de vida e como apaeano sirva de inspiração e exemplo para as novas lideranças que estão lutando, hoje, em um cenário caótico, para manter acesa uma luz apaeana que há mais de 50 anos vêm promovendo a garantia da defesa de direitos, educação, saúde além de outros serviços para as pessoas com deficiência no Brasil.
Que sua história de vida sirva de energia e inspiração para que possamos continuar quebrando barreiras e pautando as boas políticas públicas para as pessoas com deficiência.
Dr. Justino é natural de Minas Gerais, mas construiu sua história em Ibiporã no estado do Paraná.
Neste município onde constituiu sua família e seu honroso nome, atuou como pai, cidadão exemplar, médico, foi eleito deputado estadual, federal e também presidiu a Federação Nacional das Apaes no período de 1977 à 1981. Foi fundador de diversas Apaes como a de Ibiporã e de Curitiba, foi secretário estadual de saúde e chefe de gabinete dos Ministérios da Educação (gestão de Ney Braga) e da Saúde (Mário Lemos), além de outros muitos cargos relevantes.
Palavra do Dr. José Justino Filgueira Alves Pereira
Iniciando como alguém que andasse na escuridão de um grande túnel, iluminando-o com uma pequena vela, até atingir-se, como ocorreu à plenitude do reconhecimento Comunitário e Governamental de hoje, quanto à prevenção e ao atendimento multidisciplinar de habilitação para vida plena da Pessoa Deficiente, quanto às suas características mentais, físicas e sensoriais, tão bem caracterizadas por Sr. João Maria de Vianey, pelo Aleijadinho e pelo Presidente Roosevelt, por Beethowen e por Helen Keller, culminando com a lei da CORDE, que eu chamo de Lei da Abolição da Escravatura do Deficiente, graças aos Presidentes Tancredo Neves e José Sarney, bem como, o Decreto que a regulamentou 3298/99, devido ao Presidente Fernando Henrique Cardoso, somando-se a esse intenso trabalho, os bens materiais adquiridos como as sedes anterior e atual da Federação Nacional das Apaes.
- Não trocamos nosso filho excepcional por nenhuma fortuna deste mundo, mas daríamos toda a fortuna do mundo para evitar que alguém tenha um filho excepcional e para que, caso o tenha, não sinta as limitações legais e sociais que sentimos até hoje.