Comunicação (Feapaes-PA)
15/05/2025
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O desejo de transformar a realidade das pessoas é o que move milhares de profissionais do Serviço Social no Brasil. No Pará, especialmente nas unidades da Apae, essas profissionais atuam como verdadeiras pontes entre as famílias e seus direitos. Neste 15 de maio, Dia do Assistente Social, a trajetória da assistente social Silvana Marques, da Apae de Marabá, representa tantas outras que, com ética, escuta e sensibilidade, constroem um trabalho de profundo impacto social.
“Minha história no Serviço Social começou com o desejo de fazer a diferença na vida das pessoas. Sempre me sensibilizei com as desigualdades que tantas famílias enfrentam. Queria uma profissão que tivesse compromisso com a dignidade humana — e encontrei isso no Serviço Social”, relembra Silvana.
Um encontro transformador com a missão das Apaes
Silvana chegou à Apae por acaso, após ser aprovada em concurso público. “Logo após a colação de grau, fui informada de que atuaria na Apae. No início, tive dúvidas, mas fui muito bem acolhida pela equipe e, especialmente, pela diretora Socorro Cavalcante. Quando compreendi a missão da instituição — promover a inclusão, a autonomia e a qualidade de vida das pessoas com deficiência — tudo fez sentido. Foi um divisor de águas na minha vida profissional.”
Há mais de 10 anos na instituição, Silvana descreve seu trabalho como uma jornada de crescimento e aprendizado constante. “O mais bonito é a troca com as famílias. A gente aprende muito com elas — com suas histórias, suas lutas e sua coragem. Estar ao lado delas na busca por direitos e fortalecimento de vínculos é uma experiência transformadora.”
A porta de entrada para acolher e garantir direitos
O Serviço Social nas Apaes é, geralmente, a primeira porta de entrada para as famílias. É ali que acontece o acolhimento, a escuta social e a construção do vínculo.
“Muitas famílias chegam perdidas, sem saber o que fazer. Não conhecem seus direitos, estão emocionalmente abaladas com o diagnóstico de seus filhos. Esse primeiro momento é muito delicado — exige empatia, paciência e comprometimento. É um acolhimento que emociona e, ao mesmo tempo, nos convoca ao nosso papel social.”
As assistentes sociais realizam um trabalho essencial de orientação: sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), passe livre intermunicipal e interestadual, acesso à saúde, educação, isenções fiscais, medicamentos de alto custo, cadeiras de rodas, fraldas, moradia e inclusão no mercado de trabalho.
“Nós fazemos o levantamento das necessidades, ajudamos com a documentação e mostramos o caminho. É gratificante ver o alívio no olhar de uma mãe quando ela percebe que não está mais sozinha.”
Histórias que emocionam e inspiram
Entre tantas histórias, Silvana se lembra da mãe que decidiu adotar uma criança com deficiência: Maria Eduarda, com paralisia cerebral. “A mãe foi buscar a criança em Santarém com muito medo, cheia de dúvidas. Aqui, encontrou apoio, escuta e orientação. Hoje, é uma mulher forte, confiante e ativa na defesa dos direitos da filha. Histórias como essa nos mostram a potência do nosso trabalho.”
A cada dia, Silvana vê mães que chegaram fragilizadas se tornarem mulheres engajadas, participativas e protagonistas nas ações da Apae. “É uma das coisas mais bonitas de ver: elas se fortalecem, tomam a frente, se tornam líderes. E isso se reflete diretamente na qualidade de vida de seus filhos.”
Uma atuação que olha para o todo
As Apaes do Pará oferecem atendimento interdisciplinar completo: psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional, psicopedagogia, natação, inclusão escolar e esportiva, projetos de inclusão no trabalho e para a melhor idade.
Mas o olhar vai além da pessoa com deficiência. “O nosso trabalho é biopsicossocial: enxergamos o sujeito em sua totalidade, com sua história, seus vínculos, sua rede de apoio. A família é parte central desse cuidado. Por isso, temos também rodas de conversa, oficinas de artesanato, cursos de capacitação e palestras para os familiares.”
As Apaes trabalham para garantir que cada pessoa com deficiência tenha autonomia, acesso aos direitos, qualidade de vida e pertencimento social.
Uma homenagem a quem acolhe, luta e transforma
Neste Dia do Assistente Social, a trajetória de Silvana Marques representa todas as profissionais do Serviço Social que atuam nas Apaes do Pará. Mulheres que enfrentam desafios diários com coragem e sensibilidade, que acolhem com humanidade e que acreditam que cada vida importa.
“Sou muito grata por fazer parte dessa missão. Ser assistente social é abraçar a dor do outro com responsabilidade e transformar vulnerabilidade em oportunidade. Aqui, na Apae, aprendi que não fazemos apenas atendimento — construímos histórias de superação.”